A URSS consolidou seu controle sobre a Tchecoslováquia em 1948, quando se verificava que o governo comunista local estava se tornando impopular e tudo indicava que perderia as eleições seguintes. Este controle pareceu seguro enquanto o leste europeu se recuperava da Segunda Guerra Mundial, mas começou a se deteriorar após a morte de Stalin.
A Primavera de Praga foi um movimento encabeçado pelo líder comunista Alexander Dubcek para ''humanizar'' o Partido Comunista na Tchecoslováquia, o que, na época, desagradou a ex-União Soviética e os partidários de Stalin. Ao mesmo tempo, a atual República Tcheca se aproximava economicamente da Alemanha Ocidental, o que se mostrava contra os interesses soviéticos.
Houve um restabelecimento da liberdade de imprensa com este movimento, o que promoveu um retorno no interesse de formas alternativas de organização política: antigos membros do Partido Social Democrata tentaram restabelecê-lo. Igrejas cristãs voltaram a ser ativas, assim como movimentos pelas minorias e direitos civis.
Sendo um exemplo heroico da luta dos trabalhadores por democracia e socialismo, o movimento ocorrido em 1968, além da situação econômica, apresentava outro problema: a situação da Eslováquia. Os eslovacos sentiam estarem sendo colonizados pelos tchecos, e sua capital desconfiava que Praga estivesse dirigindo seus destinos.
Dubcek acreditava que poderia resolver as diferenças com os vizinhos comunistas e compareceu a uma reunião organizada em uma cidade eslovaca para realizar um acordo com os líderes socialistas do Pacto de Varsóvia. Entretanto, as tropas da ex-URSS e do Pacto de Varsóvia invadiram e ocuparam a Tchecoslováquia, em uma tentativa de romper o movimento reformista.
Por fim, o presidente Svoboda, acompanhado por Dubcek, retornou a Praga para dizer aos socialistas qual seria o preço a pagar por ter um socialismo humano: as tropas soviéticas permaneceriam na Tchecoslováquia, e manteriam controles rígidos sobre as atividades culturais e políticas. Em 1969, os movimentos pelo ''socialismo humano'' reiniciaram, mas Dubcek negou ajuda aos seus aliados, encontrando-se isolado e sendo substituído por Gustáv Husák em 17 de abril do mesmo ano, que propôs a normalização das relações da Tchecoslováquia com a ex-URSS.
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